quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Entra ano, sai ano e o quadro se repete: no intuito de cumprir os planejamentos estratégicos fixados no fim dos períodos anteriores o fantasma do passaralho ronda as grandes e médias redações. Cada um (re) inventa uma saída gloriosa, dependendo do que os gestores prometeram aos seus conselhos administrativos. Já tivemos os grandes PDVs, já passamos pela terceirização dos profissionais, inventamos o freela fixo, instituímos a figura do colaborador, isto sem falar no profissional multi-tarefa.Todos os esforços sempre voltados para reduzir o custo operacional sem comprometer a qualidade editorial - como se o leitor/ouvinte/telespectador fosse besta para não notar a queda da qualidade.
Na onda do que a indústria vem fazendo, o mote agora é a renegociação dos contratos dos Pjs. Como assim? Dimuição de remuneração? Nada disto.
Readequação do orçamento perante o novo quadro econômico-financeiro.
E que ninguém seja inguênuo de pensar que a exemplo do setor produtivo, haverá também diminuição da carga horária.
Resumo da ópera: trabalha-se mais, ganha-se menos, tudo fundamentado em uma relação de trabalho que a lei proíbe, pois pelo que nos conta a rádio peão, a atividade fim de uma empresa de comunicação não pode ser terceirizada. Uma bomba-relógio para os departamentos jurídicos/trabalhistas das empresas de comunicação.

Um comentário:

  1. Sérgio, bastou ler seu artigo para lembrar imediatamente das tirinhas do Dilbert, do Scott Adams....
    Não sei se ele era um visionário ou se apenas enxergava o óbvio que às vezes nos é tão difícil de ver, mas de qualquer forma ele expôs as mazelas administrativas mascaradas com belos nomes: downsizing, rightsizing,....
    Novos nomes para o que você disse: trabalhar mais e ganhar menos, com o agravante de ter de usar ferramentas ultrapassadas e em menor tempo.
    As chefias de hoje em dia parecem uma mistura bizarra do chefe do Dilbert com o Gatoberto, malígno diretor de recursos humanos. São incapazes de reconhecer uma boa idéia, acham que os outros são bestas e parecem sentir prazer com o clima de insegurança que eles mesmos estimulam....
    Só sendo monge ou tendo estômago de jacaré para não sucumbir a uma gastrite....
    E parafraseando aquele filme "Bom dia, boa tarde, boa noite e boa sorte".
    Abraços,
    Claudio

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e aí não vai falar nada?